sábado, 17 de outubro de 2015

José Aparecido de Oliveira – O melhor mineiro do mundo: de Petrônio Souza Gonçalves


Podemos afirmar que 2015 foi realmente um ano muito fértil para o poeta, escritor e jornalista Petrônio Souza Gonçalves. Depois de publicar Um facho de sol como cachecol (Realejo Livros e Edições), comentado recentemente por mim no jornal Folha do Padre Eustáquio, vem a público organizado por ele, José Aparecido de Oliveira – O melhor mineiro do mundo, produzido pela YCO Promoções e Produções de Eventos Ltda, com patrocínio da Souza Cruz, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com diagramação de Giovanni Cícero, produção executiva de Branco Monteiro, revisão de P. S. Lozar, com fotos ilustrativas de arquivos da família e particulares.
José Aparecido de Oliveira, falecido em 2007 foi, antes de tudo um político mineiro que amava suas raízes e seu estado de origem. Eu mesmo narro em meu livro de memórias Poeta Ativista (RS Edições), uma experiência muito interessante que tivemos em 1985, quando ele era Secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais, para a realização do 1º EPC – Encontro Popular de Cultura. O livro perpassa por toda a trajetória desta figura impar na política Brasileira, desde a infância no interior de Minas até a criação da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, estruturada quando Aparecido foi embaixador do Brasil em Portugal. O livro aborda ainda as muitas de suas facetas, como influencia para a política no Brasil. José Aparecido costumava dizer que um povo sem cultura é como um corpo sem alma e foi o primeiro secretário de Cultura de Minas Gerais, no governo de Tancredo Neves, e o primeiro ministro da Cultura do país, no governo de José Sarney. Quando governador de Brasília retomou o projeto original de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa e foi o responsável pelo tombamento da capital federal pela UNESCO, sendo Brasília a única cidade criada e tombada no mesmo século em todo o mundo. José Aparecido foi conhecido em vida como o “Zé de todos os amigos”.
O livro traz, além de depoimentos, artigos assinados por pessoas ligadas a ele durante toda a sua vida, como Oscar Niemeyer, Ziraldo, Mauro Santayana, Sebastião Nery, José Maria Rabelo, Aristóteles Drummond, entre muitos tantos outros amigos e admiradores. Fatos da sua vida particular, até então desconhecidos, também são abordados e revelados neste livro. Um fato interessante narrado no livro foi o encontro de Zé Aparecido com colunista Antonio Maria, que todos os dias falava mal de Aparecido em sua coluna. Quando os dois se encontraram pela primeira vez na noite da capital carioca, Zé Aparecido se recusou a cumprimentar Antônio Maria, dizendo que o colunista falava mal dele sem o conhecer. Antonio não perdeu a piada e disse: “É por isso mesmo que falo mal, pois se eu o conhecesse, seríamos amigos e eu só falaria bem de você”. Os dois se tornaram amigos da vida inteira, sendo a amizade com Maria compartilhada por toda família de Aparecido. O livro tem 230 páginas e vale ser lido, pois além de uma excelente literatura, escrita por um excelente escritor, é também um resgate histórico de suma importância para a história deste país.

Contato com o autor: (31)99239-2621 - petroniosouzagoncalves@gmail.com