Podemos
afirmar que 2015 foi realmente um ano muito fértil para o poeta, escritor e
jornalista Petrônio Souza Gonçalves. Depois de publicar Um facho de sol como cachecol (Realejo Livros e Edições), comentado
recentemente por mim no jornal Folha do Padre Eustáquio, vem a público
organizado por ele, José Aparecido de
Oliveira – O melhor mineiro do mundo, produzido pela YCO Promoções e
Produções de Eventos Ltda, com patrocínio da Souza Cruz, através da Lei Federal
de Incentivo à Cultura, com diagramação de Giovanni Cícero, produção executiva
de Branco Monteiro, revisão de P. S. Lozar, com fotos ilustrativas de arquivos
da família e particulares.
José
Aparecido de Oliveira, falecido em 2007 foi, antes de tudo um político mineiro
que amava suas raízes e seu estado de origem. Eu mesmo narro em meu livro de
memórias Poeta Ativista (RS Edições),
uma experiência muito interessante que tivemos em 1985, quando ele era
Secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais, para a realização do 1º EPC –
Encontro Popular de Cultura. O livro perpassa
por toda a trajetória desta figura impar na política Brasileira, desde a
infância no interior de Minas até a criação da CPLP – Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa, estruturada quando Aparecido foi embaixador do Brasil em
Portugal. O livro aborda ainda as muitas de suas facetas, como influencia para
a política no Brasil. José Aparecido costumava dizer que um povo sem cultura é
como um corpo sem alma e foi o primeiro secretário de Cultura de Minas Gerais,
no governo de Tancredo Neves, e o primeiro ministro da Cultura do país, no
governo de José Sarney. Quando governador de Brasília retomou o projeto
original de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa e foi o responsável pelo tombamento da
capital federal pela UNESCO, sendo Brasília a única cidade criada e tombada no
mesmo século em todo o mundo. José Aparecido foi conhecido em vida como o “Zé
de todos os amigos”.
O livro traz, além de depoimentos,
artigos assinados por pessoas ligadas a ele durante toda a sua vida, como Oscar
Niemeyer, Ziraldo, Mauro Santayana, Sebastião Nery, José Maria Rabelo,
Aristóteles Drummond, entre muitos tantos outros amigos e admiradores. Fatos da
sua vida particular, até então desconhecidos, também são abordados e revelados
neste livro. Um fato interessante narrado no livro foi o encontro de Zé
Aparecido com colunista Antonio Maria, que todos os dias falava mal de
Aparecido em sua coluna. Quando os dois se encontraram pela primeira vez na
noite da capital carioca, Zé Aparecido se recusou a cumprimentar Antônio Maria,
dizendo que o colunista falava mal dele sem o conhecer. Antonio não perdeu a
piada e disse: “É por isso mesmo que falo
mal, pois se eu o conhecesse, seríamos amigos e eu só falaria bem de você”.
Os dois se tornaram amigos da vida inteira, sendo a amizade com Maria
compartilhada por toda família de Aparecido. O livro tem 230 páginas e vale ser
lido, pois além de uma excelente literatura, escrita por um excelente escritor,
é também um resgate histórico de suma importância para a história deste país.
Um comentário:
parabéns...... http://vone333.no.comunidades.net
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