quarta-feira, 1 de outubro de 2014

34 anos sem a pianista Glória Salgado

 



Dia 24 de novembro de 2014 faz 34 anos que a pianista Glória Salgado, minha mãe foi tocar piano com os anjos. Faço aqui então, uma homenagem a ela, transcrevendo abaixo trechos do livro inédito Poeta Ativista, autobiografia a qual estou trabalhando e que será publicado em 2015, comemorando meus 40 anos de carreira poética. Incluído neste livro virá Sopro de Deus e outros poemas, livro de poemas inédito, do qual transcrevo também um poema.

(...)
Em 1980 minha mãe, a pianista Glória Salgado, adoeceu. Ela teve um tumor no fígado, que não crescia e ela poderia viver por muitos anos ainda. Mas ela teve uma intoxicação e foi para o Hospital. Lá, precisou de transfusão de sangue e infelizmente o sangue estava contaminado e afetou justamente o fígado, onde estava o tumor. No dia em que soube pela primeira vez do tumor na minha mãe, escrevi um poema bem intuitivo, o qual intitulei de “O trem”. Este poema desapareceu misteriosamente e nunca mais o achei, nem materialmente e nem na minha memória.  Fiquei com ela duas semanas no hospital dos Plantadores de Cana, na Avenida Pelinca, na Beira Valão e ela veio a falecer dia 24 de novembro de 1980.

Mais um poema pra minha mãe
(Por que não?)

Minha mãe gostava de ouvir canções populares
Linha do horizonte com Azimuth
As dores do mundo com Hildon
mas sua canção preferida era Ave Maria de Schubert
e quando sentava ao piano, tudo era esquecido
não pensava nas perdas que tivera pela vida
meu pai, homem trabalhador
que se foi depois de três ameaças de derrame
Zezé, sua irmã mais querida
e nem no filho Rodrigo José, que também se foi tão cedo.
Apenas tocava e se esquecia do mundo lá fora
e cá dentro, o menino inquieto
observava com olhos que brilhavam de alegria
aquela sinfonia que ficaria guardada para sempre
dentro de sua alma sensível de poeta.

Foto1: com minha mãe, quando fiz 1 ano
Foto 2: com minha mãe, aos 8 anos


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

SOPRO DE DEUS e outros poemas


Em primeira mão publico 3 poemas de meu livro inédito: “Sopro de Deus e outros poemas”, a ser publicado em 2015, comemorando meus 40 anos de carreira poética. A foto-imagem que ilustrará a capa do livro foi clicada pelo poeta Irineu Baroni.


Sopro de Deus

“My sweet Lord\Hum, my Lord\Hum, my Lord\I really want to see you\
Really want to be with you\Really want to see you, Lord\
But it takes so long, my Lord\(…)”

(George Harrison)
Para Marília de Dirceu

O toque de Deus sinto
no sopro do vento
tocando vida
em minha face

e neste sopro tão simples
ouço sussurrar a voz de Deus
dizendo-me que ainda
é tempo de encantar-se

vejo, portanto
o belo da vida.

O cheiro de Deus sinto
no aroma das flores do campo
nos girassóis, dálias, margaridas...

No sabor do canto
encanto-me com a convicção
de que Deus estará
eternamente comigo.



Poema sem preconceito

(Para os homofóbicos, os racistas, os anti-putas, etc...)

O que faz a diferença
é que somos iguais.



Poema de Natal

Na noite não tão estrelada na Faixa de Gaza
o céu se ilumina (assustando a todos)
com mísseis que parecem atingir o sol
e em meio a tudo a seu redor
um menino, talvez palestino
talvez israelense, quem sabe
brinca e observa
na sua mais completa inocência
estrelas no céu, que na sua imaginação
piscam feito vagalumes
na noite mais santa do ano.

Feito quem brinca de brincar somente
uma criança sonha em ganhar de presente
a felicidade de ser livre
correr pelos campos
observar as borboletas
e transitar pelas ruas de Jerusalém
 de mãos dadas com a liberdade
a mesma liberdade que deveria
haver para todos os seres humanos
na face da Terra.

- A vida não é só alegria -
Apesar de criança
na sua forçada maturidade de menino
ele tem certeza desse fato
tão distante dos seus sonhos mais hostis.

Na noite não tão estrelada na Faixa de Gaza
um homem observa seu menino brincar
e na sua infelicidade perdida
sonha com a felicidade do outro
de um dia todos serem livres
como o vento norte
que surge nas campinas
como os pássaros que sobrevoam as flores
que ainda restam depois da destruição:
viver ainda vale a pena
mesmo na maior das utopias.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

“ABBEY ROAD”: HISTÓRIA DE UMA CAPA DE DISCO



1ª Foto: Capa original do Disco “Abbey Road”
2ª Foto: Beatles aguardando o momento para fotografar 

A história dos Beatles muitos já conhecem e os beatlemaníacos conhecem mais profundamente ainda. Mas poucos conhecem a história da capa mais famosa de disco e é sobre isso que vamos falar agora.
Pois é, há quase 45 anos os Beatles tiraram a sua foto mais famosa, para a capa do disco “Abbey Road” e toda a ação foi minuciosamente planejada por Paul McCartney.
Era 8 de agosto de 1969 quando os Beatles se reuniram para o que viria a ser um dos seus últimos ensaios fotográficos. Não o último de todos, mas o último a ser usado em um álbum. Nessa época, Paul já decidia as coisas e isso irritava John, mas nada era muito fácil. Reunir todos os membros da banda mais famosa do mundo era difícil, principalmente na crise em que estavam passando com a chegada de Yoko Ono, que acompanhava John Lennon a todos os lugares, inclusive gravações, o que não deixava os outros três satisfeitos. Sair, agendar horários, nada disso acontecia sem uma boa dose de desgaste. Ali, talvez, o único Beatle que ainda queria ser um Beatle era o Ringo, pela sua espiritualidade de viver. Por isso, foi do Paul a idéia e iniciativa de fotografar naquela exata faixa de pedestres da avenida mais famosa da Inglaterra.
Paul fez um rascunho, esquematizou tudo e conseguiu reunir todos na citada avenida, próxima aos estúdios do grupo.
O encarregado da missão de fotografar a histórica foto foi um fotógrafo escocês amigo do John e da Yoko, chamado Lain Macmillan. Antes de começar, ele tirou uma foto da rua vazia. Linda McCartney, fotógrafa que era, também esteve lá e tirou algumas fotos dos preparativos, enquanto o quarteto aguardava o ensaio começar. Foram tiradas seis fotos oficiais ao todo para entrarem no álbum, mas a escolhida foi a quinta foto. A única na qual a formação estava perfeita, tudo alinhado nos seus mínimos detalhes, como deveria ser, como era habitual dos Beatles. Esmero nos últimos detalhes.
E essa quinta tentativa foi para o álbum. A história fez sua parte depois desse evento. Ninguém imaginava que os Beatles chegariam ao fim alguns dias depois. Nem o fã mais pessimista, nem mesmo John Lennon – que cuspiu seu desejo de sair da banda em uma reunião sobre as ambições de George de se tornar um compositor com mais espaço dentro do grupo.
De lá pra cá, todos os detalhes imagináveis já foram destrinchados. Nem mesmo o velhinho parado lá no fundo, passando como quem não quer nada conseguiu escapar. Até mesmo ele já foi encontrado, foi entrevistado e teve seus minutos de fama, só por estar ali. A placa do Fusca, de número LMW 281F, foi roubada repetidamente, até o carro entrar em leilão em 1986 e ser vendido por $2.530. Atualmente ele está no museu da Volkswagen na Alemanha.
E o disco veio a público com treze canções da dupla Lennon\McCartney, que na verdade foi um pacto de amizade que a dupla fez em 1958, de que mesmo as canções compostas individualmente levariam a assinatura da dupla, além de duas músicas de George Harrison e uma de Ringo Star.
O lado A abria com “Come Together” de Lennon; seguida de “Something” de Harrison e considerada uma das mais belas canções de amor de todos os tempos; “Mawell`s Silver Hammer” de Paul e que John detestava; “Oh Darling” também de Paul, essa John queria interpretá-la, mas essa função ficou a cargo do próprio autor, que chupou gelo para inflamar a garganta e poder cantá-la com a voz rouca; “Octopu`s Garden” de Ringo; “I Want You (She So Heavy)” de Lennon e considerada por muitos, o primeiro heavy metal da história. O lado B vinha com “Here Comes The Sun” de Harrison; seguida de “Because”, uma canção belíssima de John e que teve a participação dos quatros nos vocais; “Sun King”; “Mean Mr Mustard” e “Polythene Pam” de Lennon; “She Came In Through The Bathroom Window” de Paul; “Golden Slumbers”; “Carry That Weight” e “The End” são uma sequência criada por Paul, considerado uma das pérolas mais lindas da música universal e que encerra com “The End” que diz: “E no fim, o amor que você doa é o mesmo que você recebe”.
Essa é a história da capa de “Abbey Road” e hoje, atravessar aquela faixa de pedestres da avenida mais famosa de Liverpool é um grande evento e tornou-se atração definitiva para turistas do mundo inteiro. Todos querem passar por ali e repetir a famosa travessia.
“Abbey Road” na verdade, foi o último disco oficial dos Beatles, já que “Let it be” foi extraído das fitas do filme de mesmo nome, gravado e lançado sem autorização dos mesmos, depois que eles haviam se separado.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

DITADURA, NUNCA MAIS

Aforismo 2

Ditadura é uma forma legalizada
de se burlar os direitos humanos
e se cometer atrocidades desumanas.

(Rogério Salgado)

1º DE ABRIL DE 1964\ 1ºE ABRIL DE 2014 


50 ANOS DE UMA ÉPOCA QUE, SE COMPARADA AOS DIAS ATUAIS, PODERÍAMOS DIZER QUE: SE HOJE COBRAMOS QUE SE FAÇAM JUSTIÇA COM OS MILITARES QUE MATARAM E SUMIRAM COM O PEDREIRO AMARILDO, NAQUELA ÉPOCA, SE COBRÁSSÊMOS JUSTIÇA, TANTO AMARILDO, COMO SUA ESPOSA, SEUS FILHOS E SUA FAMÍLIA SERIAM ASSASSINADOS E DESAPARECIDOS TAMBÉM.


 Elizabeth Silva, mulher de Amarildo, chega no prédio do Tribunal de Justiça para participar da audiência sobre a morte do ex-ajudante de pedreiro. Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo OBS: Na época da ditadura, além de isso não acontecer, caso ela (Elizabeth) reclamasse muito, também seria enquadrada e desapareceria.

Regime ou Ditadura militar no Brasil foi o regime autoritário que governou o país de 1º de abril de 1964 até 15 de março de 1985. A implantação da ditadura começou com o Golpe de 64, quando as Forças Armadas do Brasil derrubaram o governo do presidente constitucional João Goulart e terminou quando José Sarney assumiu o cargo de presidente. A revolta militar foi fomentada por Magalhães Pinto, Adhemar de Barros e Carlos Lacerda, governadores dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, com apoio dos grandes veículos de
comunicação. O regime militar brasileiro inspirou o modelo de outros regimes militares e ditaduras por toda a América Latina, sistematizando a “Doutrina de Segurança Nacional”, que justificava ações militares como forma de proteger o "interesse da segurança nacional" em tempos de crise.
As Forças Armadas brasileiras adquiriram grande poder político após a vitória na Guerra do Paraguai. A politização das instituições militares ficou evidente com a Proclamação da República, que derrubou o império, ou com o tenentismo (movimento tenentista) e a Revolução de 30. As tensões políticas voltaram à tona na década de 1950, quando importantes círculos militares se aliaram a ativistas de direita em tentativas de impedir que presidentes como o Juscelino Kubitschek e João Goulart tomassem posse, devido ao seu alinhamento com a ideologia comunista.  Enquanto Kubitschek mostrou-se simpático às instituições capitalistas, Goulart prometeu reformas de longo alcance, expropriação de interesses comerciais e a continuação da independência da política externa iniciada por seu antecessor Jânio Quadros com o Brasil tendo relações diplomáticas e comerciais com ambos os blocos capitalista e comunista.
Em 1961, Goulart foi autorizado a assumir o cargo, sob um acordo que diminuiu seus poderes como presidente com a instalação do parlamentarismo. O país voltou ao sistema presidencialista um ano depois, e, como os poderes de Goulart cresceram, tornou-se evidente que ele iria procurar implementar políticas de esquerda, como a reforma agrária e a nacionalização de empresas em vários setores econômicos, independentemente do consentimento das instituições estabelecidas, como o Congresso. Na época, a sociedade brasileira tornou-se profundamente polarizada, devido ao temor que o Brasil se juntasse a Cuba como parte do Bloco Comunista na América Latina sob o comando de Goulart. Políticos influentes, como Carlos Lacerda e até mesmo Kubitschek, magnatas da mídia (Roberto Marinho, Otávio Frias de Oliveira, Júlio Mesquita Filho), a Igreja Católica, os latifundiários, empresários e parte da classe média pediam uma "contra-revolução" por parte das Forças Armadas para remover o governo.
Em 31 de março de 1964, as operações das tropas rebeldes foram iniciadas. Goulart fugiu para o Uruguai em 1 de abril. Apesar das promessas iniciais, a ditadura militar durou 21 anos. Além disso, o novo governo pôs em prática vários Atos Institucionais, culminando com o AI-5, de 1968, que vigorou até 1978. A Constituição de 1946 foi substituída pela Constituição de 1967, e, ao mesmo tempo, ocorreram a dissolução do Congresso Nacional, a supressão de liberdades individuais e a criação de um código de processo penal militar que permitiu que o Exército brasileiro e a polícia militar do Brasil pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial. O novo regime adotou uma diretriz nacionalista, desenvolvimentista e de oposição ao comunismo. A ditadura atingiu o auge de sua popularidade na década de 1970, com o "milagre brasileiro", no mesmo momento em que o regime censurava todos os meios de comunicação, torturava e exilava dissidentes. Na década de 1980, assim como outros regimes militares latino-americanos, a ditadura brasileira entrou em decadência e o governo não conseguia mais estimular a economia e diminuir a inflação crônica, o que deu impulso ao movimento pró-democracia. O governo aprovou uma Lei de Anistia para os crimes políticos cometidos pelo e contra o regime, as restrições às liberdades civis foram relaxadas e, então, eleições presidenciais foram realizadas em 1984, com candidatos civis. Desde a aprovação da Constituição de 1988, o Brasil voltou à democracia, os militares foram mantidos sob controle institucional civil e sem nenhum papel político relevante.
Fonte:  Wikipédia, a enciclopédia livre.


HISTÓRIA

Quais foram as torturas utilizadas na época da ditadura militar no Brasil?

por Roberto Navaro 

Uma pesquisa coordenada pela Igreja Católica com documentos produzidos pelos próprios militares identificou mais de cem torturas usadas nos "anos de chumbo" (1964-1985). Esse baú de crueldades, que incluía choques elétricos, afogamentos e muita pancadaria, foi aberto de vez em 1968, o início do período mais duro do regime militar. A partir dessa época, a tortura passou a ser amplamente empregada, especialmente para obter informações de pessoas envolvidas com a luta armada. Contando com a "assessoria técnica" de militares americanos que ensinavam a torturar, grupos policiais e militares começavam a agredir no momento da prisão, invadindo casas ou locais de trabalho. A coisa piorava nas delegacias de polícia e em quartéis, onde muitas vezes havia salas de interrogatório revestidas com material isolante para evitar que os gritos dos presos fossem ouvidos. "Os relatos indicam que os suplícios eram duradouros. Prolongavam-se por horas, eram praticados por diversas pessoas e se repetiam por dias", afirma a juíza Kenarik Boujikain Felippe, da Associação Juízes para a Democracia, em São Paulo. O pau comeu solto até 1974, quando o presidente Ernesto Geisel tomou medidas para diminuir a tortura, afastando vários militares da "linha dura" do Exército. Durante o governo militar, mais de 280 pessoas foram mortas - muitas sob tortura. Mais de cem desapareceram, segundo números reconhecidos oficialmente. Mas ninguém acusado de torturar presos políticos durante a ditadura militar chegou a ser punido. Em 1979, o Congresso aprovou a Lei da Anistia, que determinou que todos os envolvidos em crimes políticos - incluindo os torturadores - fossem perdoados pela Justiça.

Fonte:  suapesquisa.com.


Arquitetura da dor.
Torturadores abusavam de choques, porradas e drogas para conseguir informações
Cadeira do dragão
Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques
Pau-de-arara
É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros
Choques elétricos
As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de "pimentinha" ou "maricota". Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder violentamente a própria língua
Espancamentos
Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente
Soro da verdade
O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa poderia falar coisas que normalmente não contaria - daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações dos presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar
Afogamentos
Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento
Geladeira
Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.