Inicio o ano de 2019
comentando um livro que me marcou muito a sua leitura.
O escritor e poeta
Vinicius Fernandes Cardoso traz a público seu “apanhado poético”, com
patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura de Contagem. Trata-se de “Com o
coração na boca” (Edição do autor).
Vinicius,
ora Influenciado por grandes poetas clássicos da literatura brasileira e
universal, ora pelos do universo beat; surpreende com uma interessante obra
literária. O livro vem dividido em seis trabalhos escritos desde seus 17 anos,
que são: “Arroubos e rompantes” (1999), “Leituras e andanças” (2004), “A alma
dos bairros” (2007), “Nômade” (2008), “Novos poemas” (2009 em diante) e
“Tirando a poesia do asfalto”.
Nesse
apanhado poético observa-se que a obra vai se desvendando a cada página,
principalmente porque o autor\poeta nos embriaga e inebria com inúmeras pistas
de sua trajetória de vida, quase explicitando e desnudando sua alma. Realmente
é o que se pode dizer: um trabalho “com o coração na boca”. Sua escrita,
ao mesmo tempo, que apresenta nuances clássicas, se expressa de maneira
despojada. Sua poética poderia muito bem considerar-se inacabada, mas no
sentido de que muito tem, ainda, a oferecer à nossa literatura. Um intenso
sentimento existencial nas entrelinhas dos poemas enche o leitor aos poucos de
‘calmaria e graça’, sem pressa e sem pressão. Os poemas apresentados,
principalmente na primeira obra, são ótimos para uma reflexão sobre a nossa
literatura brasileira, principalmente aos jovens que buscam uma boa arte
poética. A forma como o livro foi dividido (partes que são na verdade, livros
completos) não cansa o leitor, mas o emociona com a profundidade vivencial,
sentimental e existencial do autor, pois cada um deles representa a época em
que foi escrito. Enfim, um trabalho de expressivo valor. Se a dedicatória por
si só, se tornou extensa, cabe aqui o que bem disse Leila Miccolis, maior
representante do Movimento Marginal Literário Brasileiro, quando afirma que a
única coisa que nenhum crítico tem o direito de se manifestar numa obra alheia,
é sobre a dedicatória, já que a mesma trata-se de algo muito pessoal do autor,
por isso isenta de críticas.
Vinícius Fernandes
Cardoso nasceu em Belo Horizonte-MG, em 1983. Em 13 de outubro de 2001, com
outros sete criadores literários de Contagem-MG, fundou a Academia Contagense
de Letras (ACL). Desde 2004 colabora com o Jornal Regional Contagem.
“Com
o coração na boca” é um trabalho bem burilado, inclusive pelo esmero que se
nota desde a escolha do papel\miolo, fotografias de capa contracapa e do seu
contexto geral. Vale conferir.
2 comentários:
Tenho certeza que o meu apanhado poético ficou lisonjeado de receber comentário vindo de quem veio. Evoé!
Muito orgulho de você meu amigo!
O sucesso será seu companheiro!!
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